Neste Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, relembramos a luta histórica das mulheres por direitos iguais, um movimento que teve início em 1908, em Nova York. Este dia não apenas homenageia as conquistas alcançadas, mas também nos lembra dos desafios contínuos enfrentados pelas mulheres em todo o mundo. Uma área em que as mulheres têm desempenhado um papel crucial é no setor de turismo.
O turismo não só proporciona oportunidades econômicas, mas também é um meio poderoso de empoderamento feminino. Segundo o Ministério do Turismo (2023), as mulheres compõem 54% da força de trabalho no setor de turismo em todo o mundo. No Brasil, elas têm sido pioneiras e revolucionárias em diversos segmentos, desde o artesanato e gastronomia até o transporte e lazer.
Para compreender melhor a evolução da mão de obra feminina no turismo brasileiro, vamos analisar os dados fornecidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), através do Painel Mão de Obra no Turismo, disponível na Plataforma Jano da SPRINT Dados. Ao observarmos os dados podemos também traçar um panorama da participação feminina no mercado de trabalho do turismo no Brasil ao longo dos anos de 2020 a 2023.
Se você ainda não conhece, o Jano é o Espaço de Dados da SPRINT Dados, que agrega dados de fontes oficiais e de Big Data, em um unico lugar, constantemente atualizadas e prontinhos para subsidiar a tomada de decisão dos gestores. Saiba mais em www.sprintdados.com.br/jano.
Os dados presentes neste artigo foram atualizados em fevereiro de 2024, oferecendo uma análise atual do setor.
Evolução da força de trabalho feminina no turismo
No ano de 2020, dos 667.863 admitidos no setor, apenas 48,93% eram mulheres. Esse número reflete uma certa predominância masculina, com os homens ocupando 51,07% das vagas.
No ano seguinte, houve um aumento na participação feminina, com as mulheres representando 51,05% dos 1.050.809 admitidos. Enquanto, os homens ocupavam um número menor das vagas, com 48,95% das admissões.
O ano de 2022 continuou a mostrar um crescimento na participação feminina, atingindo 52,35% dos 1.357.650 admitidos. Os homens ainda ocupavam o restante das vagas, com 47,65% das admissões.
Em 2023, os dados ainda revelam o avanço na inclusão das mulheres no setor de turismo, representando 52,21% dos admitidos, de acordo com os dados ddo CAGED organizados na Plataforma Jano. Isso evidencia um aumento na participação das mulheres neste importante segmento econômico.
Dos 1.436.319 admitidos, 960.375 foram na área de alimentação, seguidos por 186.573 em alojamento e 114.032 em aluguel de transporte. Dentre as áreas específicas do turismo, as mulheres ocuparam uma parcela significativa dos empregos em diferentes segmentos: 54,20% nas agências de viagem, 55,50% na alimentação, 59,43% no alojamento, 41,16% no aluguel de transporte, 49,20% na cultura e lazer, 35,97% no transporte aéreo, 22,16% no transporte aquaviário e 16,83% no transporte terrestre.
A análise desses dados reflete uma pequena evolução positiva na participação feminina no mercado de trabalho do turismo, demonstrando um pequeno aumento gradual ao longo dos anos. Ainda há desafios a serem superados em termos de igualdade de gênero em certos setores, sobretudo quando vamos avaliar a faixa salarial, os cargos de liderança e a igualdade e respeito por essas trabalhadoras. Portanto, é essencial continuar promovendo políticas e iniciativas que incentivem a inclusão e a equidade de oportunidades para as mulheres no turismo.
Mulheres no Mercado de Trabalho 2023
Segundos dados da PNAD Contínua do IBGE (2023), no 4º trimestre do ano passado, o Brasil possuía 90,6 milhões de mulheres com 14 anos ou mais e dentre essas, 47,8 milhões compõem a força de trabalho. Dessas, 39,9% ganhavam até um salário mínimo.
A taxa de informalidade total era de 37,5%, sendo 41,9% para mulheres negras e 32,6% para não negras, enquanto a taxa de falta de contribuição previdenciária era de 36,2%, com 41% para mulheres negras e 30,8% para não negras.
Em termos de rendimento médio mensal, mulheres com ensino superior ganhavam em média R$ 4.701, enquanto homens ganhavam R$ 7.283. Mulheres negras com ensino superior ganhavam R$ 3.721, enquanto homens negros ganhavam R$ 5.755, e mulheres não negras ganhavam R$ 5.303, enquanto homens não negros ganhavam R$ 8.173.
No ano passado, as mulheres ganhavam em média 27% a menos que homens, sendo que em cargos de direção/gerência, homens ganhavam em média R$ 9.183 e mulheres R$ 6.672.
Esses dados destacam as desigualdades persistente enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho, apesar dos avanços conquistados ao longo dos anos.
Conclusão
A presença e o impacto das mulheres em diversas áreas do turismo, desde a hospitalidade até o transporte e o lazer, são notáveis. Elas desempenham um papel fundamental na construção e no crescimento do setor, contribuindo para sua diversidade e sustentabilidade. No entanto, é crucial garantir que as mulheres tenham acesso a posições de liderança, igualdade salarial e condições de trabalho justas e reconhecimento em todos os setores.
Portanto, é imperativo continuar apoiando e capacitando as mulheres no turismo, incentivando seu desenvolvimento profissional e promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e equitativo para todos. Somente através de esforços contínuos e colaborativos podemos garantir que as mulheres continuem a desempenhar um papel vital e receber o reconhecimento que merecem no setor de turismo.
Para mais informações e atualizações sobre o mercado de trabalho no turismo, recomenda-se visitar o site www.sprintdados.com/jano.
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